sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Retiro...

Olá a todos...
Ultimamente não tenho tido muitas oportunidades de vir ao blog, mas tenho andado muito atarefada e estou sem computador, o que acaba por dificultar um pouco. De qualquer forma, hoje passei por aqui para partilhar convosco uma noticia: amanhã vou de manhã cedo (saio de casa por volta das 7 da manhã) para o Porto, fazer um retiro de 1 dia (é muito pouco tempo, mas espero que seja proveitoso), para fazer um pouco de silêncio, tentar ouvir um pouco a voz de Deus, neste tempo da Quaresma que se pretende de silêncio... E este retiro servirá também para me ajudar um pouco no discernimento vocacional em que me encontro (será passado junto das irmãs paulinas)... Não conheço o Instituto, nem ninguém que lá esteja, até agora só trocamos algumas mensagens por e-mail, de qualquer forma, espero que a coragem não me falte, para aceitar a vontade de Deus para mim.
Seja o que Ele quiser...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Ser possuído por Jesus de Nazaré

A meditação que se segue é muito bonita e vale a pena deixar-se tocar por ela...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Um exemplo de Madre Teresa

Hoje decidi colocar um texto que foi publicado por um amigo blogger, João Baptista, e que pode ser consultado aqui. O texto é muito belo e vale a pena ser lido:

"No último dia do Congresso internacional de Bombaim, em 1964, Madre Teresa e suas irmãs saíram do Convento em Vie Parle onde eu era capelão e estavam a caminho do Oval, onde o Papa Paulo VI ia celebrar a Eucaristia.
De repente, elas se depararam com um indigente moribundo abandonado na rua. Madre Teresa parou, ergueu-o e levou-o de volta para a casa delas. Neste dia, elas não viram o Papa, representante de Cristo na Terra, mas encontraram alguém maior - o próprio Cristo, na pessoa do indigente."

Pe. Rufus Pereira
Livro Jesus: um Mestre ao alcance de todos. Editora Canção Nova.


sábado, 23 de fevereiro de 2008

Já só falta um mês

Como o tempo passa...
Ainda hà dois meses foi o Natal e de hoje a um mês já é a Páscoa... Realmente o tempo passa com uma rapidez... Por falar em Páscoa, a minha este ano tem tudo para ser muito boa. Por si só já gosto dela: cá na minha aldeia, nesse dia, todas as pessoas visitam os amigos e familiares, conversam e convivem, etc. é muito bom... Mas como disse, este ano vai ser ainda melhor, pois na quarta-feira a seguir à Páscoa (dia 26) vou, pela primeira vez, em Peregrinação à Terra Santa. Já há dois anos que me fizeram a proposta e fui sempre impedida de ir por diversas razões, vamos lá ver se é desta... Já só falta um mês, espero que desta vez não tenha nenhum impedimento...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

"O padre foi dar-lhe Benuron"

A história seguinte foi-me contada hoje e, por incrivel que possa parecer, aconteceu mesmo.
O filho do senhor L conta ao amigo Manuel (que era agnóstico), que o pai estava muito doente e, por essa razão, o padre foi lá a sua casa para dar-lhe benuron (medicamento que por vezes se utiliza quando se tem dores ligeiras, como a dor de cabeça). Manuel, apesar de não ser cristão, estranhou tal procedimento do padre, no entanto, mesmo não entendendo, não deu muita importância ao assunto... Passados uns dias, o senhor L, faleceu e Manuel vai ao seu funeral, em respeito para com o amigo... Ao contrário de muitos cristãos, quer crentes ou os ditos "não crentes" que nos funerais ficam fora da porta da igreja na conversa, à espera que termine a Eucaristia, Manuel foi à Eucaristia que foi celebrada pelo mesmo sacerdote que o filho de L lhe havia falado, até que, a certa altura, na homilia, o padre refere o facto de o senhor L, ao constatar que a sua caminhada na terra estava a chegar ao fim, ter manifestado o desejo de receber a Santa Unção... Ao ouvir isto, Manuel fez a ligação com as palavras do amigo e percebeu a confusão que o amigo tinha feito, sendo que, segundo ele, teve de sair da missa, pois não conseguiu conter as gargalhas...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Aristides, o Grande...

A propósito do lançamento do Museu virtual sobre Aristides de Sousa Mendes (http://mvasm.sapo.pt/), que recomendo a visita:

Foi grandioso o nosso Cônsul Aristides de Sousa Mendes, mas nunca foi devidamente reconhecido por Protugal. Católico convicto, não hesitou em salvar pessoas de outra religião. "Prefiro estar com Deus contra os homens que com os homens contra Deus", justificava.

Ao contrário, em várias partes do mundo várias foram as homenagens prestadas a esse grande português que sozinho salvou mais de 30 000 pessoas durante a II Grande Guerra.

- Em 2004, data do seu cinquentenário, 30 cidades celebram a memória de Aristides de Sousa Mendes.

- Nos jardins do Museu do Holocausto de Jerusalém, existe uma ala, que se chama a Ala dos Justos, na qual estão plantadas 12 mil árvores em memória dos 12 mil homens e mulheres até hoje encontrados, que salvaram judeus durante a II Guerra Mundial. Entre todas essas árvores, existe uma, mais alta do que as outras, que tem o nome de Aristides de Sousa Mendes.

- Para as autoridades do Yad Vashem - Museu do Holocausto de Jerusalém, Aristides de Sousa Mendes é o homem que, individualmente, mais vidas humanas salvou, como se sabe, cerca de 30 mil, das quais mais de 10 mil judeus.

Acabou por ser punido pela sua desobediência a Salazar e a 3 de Abril de 1954 morre «pobre e desonrado», no Hospital da Ordem Terceira, em Lisboa...

MANTA DE RETALHOS

Existem...
Palavras que ferem;
Gestos que magoam;
Pensamentos que doem;
Silêncios que se notam.

Existem...
Lágrimas que purificam;
Abraços que aquecem;
Sorrisos que iluminam;
Cheiros que não se esquecem.

Existem...
Pessoas que amamos;
Pessoas que nos marcam;
Pessoas que não recordamos;
Pessoas que nunca esquecemos.

Existem...
Sombras que nos perseguem;
Sonhos que acalentámos;
Medos que nos atormentam;
Amores que consolámos.

Existem...
Distâncias que encurtam;
Momentos que se estendem;
Sentimentos que duram;
Recordações que não se apagam.

Existem...
Dias inesquecíveis;
Horas marcantes;
Minutos inexplicáveis;
Segundos estimulantes.

Existe em nós uma manta de retalhos
Feita em cada entrega;
Bordada em cada partilha;
Cozida em cada vivência;
Alinhavando cada prega.

Uma braçada amiga
Escrito por Pinguim Alegre
http://pinguimalegre.blogspot.com/

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Um Cego

Dizem que havia um cego sentado numa calçada de Paris com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia:
"Por favor, ajude-me, sou cego".
Um publicitário, da área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu umas poucas de moedas no boné. Sem pedir licença, pegou no cartaz, virou-o, pegou no giz e escreveu outro anúncio.Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi-se embora.Pela tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Agora, o seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pisadas e perguntou se havia sido ele quem reescreveu o seu cartaz, sobretudo querendo saber o que havia escrito ali. O publicitário respondeu:
"Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras". Sorriu e continuou seu caminho. O cego nunca soube, mas o seu novo cartaz dizia:
"Hoje é Primavera em Paris, e eu não posso vê-la".
Mudar a estratégia quando nada nos acontece... pode trazer novas perspectivas.
"A VIDA É UMA PEÇA DE TEATRO QUE NÃO PERMITE ENSAIOS. POR ISSO, CANTE, CHORE, DANCE, RIA E VIVA INTENSAMENTE ANTES QUE A CORTINA SE FECHE E A PEÇA TERMINE SEM APLAUSOS."

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ver e tocar

Todos gostaríamos de ver e tocar o Senhor da nossa fé. A nossa cegueira é insuportável. Faltam-nos as certezas que a visão nos poderia dar. Carecemos do contacto físico que nos esclareceria na dúvida. Duvidamos sem método e acreditamos sem firmeza. Se ao menos no partir de um pão pudéssemos reconhecer o gesto de Jesus! Olhamos e não vemos! Estendemos a mão e não tocamos! Partimos os pães e não repartimos a vida! Urge saber ver o Ressuscitado nos gestos com que tocamos a humanidade ferida e a curamos, com que repartimos o tempo de ser com os outros e para os outros, na solidariedade, novo nome da caridade!

Th.M.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Madre Teresa de Calcutá

Madre Teresa de Calcutá ao iniciar-se como irmã da caridade é-lhe confiada a missão de professora... em que Ela cita:
"... Tomei ainda outro encargo, a escola de Santa Teresa que se encontra em Calcutá... No mesmo dia em que me confiaram esta tarefa, fui ao local para tomar contacto com a situação. A escola era bastante longe da nossa casa e, assim, todos os dias, ia para lá num carrinho indiano. Assim, chego antes dos meus aluninhos...Quando os pequenos me viram pela primeira vez, olharam uns para os outros, e perguntaram de si para si se eu era um espírito mau ou uma deusa. Para eles não há meio termo. Se se é gentil com eles, adoram-nos como uma divindade; pelo contrário, temem as pessoas que se mostram malevolentes para com eles, como se fossem demónios, e contentam-se com respeitá-los.Arregacei imediatamente as mangas, mudei de lugar todos os móveis da sala de aulas, agarrei numa vassoura e num balde de água, e pus-me a limpar o pavimento. Isto encheu-os de surpresa. Ficaram muito tempo a olhar-me, pois nunca tinham visto um tal início de aulas, tanto mais que na Índia os trabalhos deste género são reservados às castas inferiores. Quando me viram sorridente e alegre, as meninas começaram a ajudar-me, enquanto os rapazes traziam a água. Ao cabo de duas horas, o local imundo estava transformado, pelo menos em parte, numa sala de aulas que respirava limpeza. Era uma sala muito longa, que tinha servido de capela e que estava agora dividida em cinco classes.À minha chegada, havia 52 crianças; são agora mais de trezentas. Ensino também noutras escola, que conta cerca de duzentas crianças, mas que mais parece um estábulo que uma escola. Ensino também noutro local, uma espécie de pátio. Quando vi onde dormiam as crianças e o que comiam, senti cortar-se-me o coração, pois não é possível encontar maior miséria!E são alegres. Ó ditosa infância!Quando nos conhecemos, não podiam conter a sua alegria. Puseram-se a saltar e a cantar à minha volta, até eu pôr a mão sobre cada uma das suas cabecinhas pegajosas. A partir desse dia, chamaram-me "Ma", o que quer dizer "a mamã". Tão pouca coisa chega para dar felicidade aos corações simples..."

Sabedoria Indiana

Enquanto deambulava pela internet, encontrei uma frase que me deixou a pensar:

"Tudo está ligado, como o sangue que une uma família. Todas as coisas estão ligadas. O que acontece à Terra recai sobre os filhos da Terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida. Ele é só um fio dentro dela. Tudo o que ele fizer à teia estará fazendo a si mesmo."
Chefe Seattle (1856)

Maus Pais

"Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva um pai, eu hei-de dizer-lhes:
- Amei-vos o suficiente para ter insistido para que juntassem o vosso dinheiro e comprassem uma bicicleta, mesmo que eu tivesse possibilidades de a comprar.
- Amei-vos o suficiente para ter ficado em pé junto de vós, duas horas enquanto limpavam o quarto, trabalho que eu teria realizado em quinze minutos.
- Amei-vos o suficiente para vos obrigar a pagar a pastilha elástica que “tiraram” da mercearia e dizer ao dono: eu roubei isto ontem e hoje queria pagar.
- Amei-vos o suficiente para ter ficado em silêncio, para vos deixar descobrir que o vosso novo amigo não era boa companhia.
- Amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalizações eram tão duras que me partiam o coração.
- Amei-vos o suficiente para vos ter perguntado onde vão, com quem vão e a que horas chegam a casa.
- Amei-vos o suficiente para vos deixar ver a fúria, desapontamento e lágrimas nos meus olhos.
- Mas, acima de tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando sabia que me iriam odiar por isso.
Estou contente. Venci, porque afinal vocês também venceram. E qualquer dia, quando os vossos filhos forem suficientemente crescidos para entenderem a lógica que motiva os pais, vocês irão dizer-lhes, quando eles vos perguntarem, se os vossos pais eram maus, que sim, que eram os piores pais do mundo! Porque:
- Enquanto os outros miúdos comiam doces ao pequeno-almoço, nós tínhamos de beber leite com cereais ou com torradas.
- Os outros miúdos bebiam Coca-Cola ao almoço e comiam batatas fritas, enquanto que nós tínhamos de comer sopa, prato e fruta. E, mais! Não vão acreditar! Os nossos pais obrigavam-nos a jantar à mesa, o que era bastante diferente dos outros pais.
- Os nossos pais insistiam em saber onde estávamos a todas as horas, era quase uma prisão. Tinham de saber quem eram os nossos amigos e o que fazíamos com eles.
- Insistiam em que lhes disséssemos que íamos sair mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
- Nós tínhamos vergonha de admitir mas eles violaram uma data de leis do trabalho infantil: Nós tínhamos que fazer as camas, lavar a loiça, aprender a cozinhar, aspirar o chão, passar a ferro a nossa roupa, ir despejar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que eles nem dormiam, a pensar em mais coisas para nos mandar fazer.
- Eles insistiam sempre connosco para lhes dizermos a verdade e apenas toda a verdade, sempre a verdade.
- Na altura da nossa adolescência eles conseguiam ler os nossos pensamentos o que tornava a vida mesmo chata.
- Os nossos pais não deixavam os nossos amigos buzinarem para nós descermos. Tinham que subir, bater à porta para eles os conhecerem.
- Enquanto toda a gente podia sair com doze ou treze anos, nós tivemos que esperar pelos dezasseis.
- Por causa dos nossos pais, nós perdemos experiências fundamentais da adolescência: nenhum de nós esteve alguma vez envolvido em actos de vandalismo, em roubos, violação de propriedade, nem foi preso por algum crime.
Foi tudo por causa deles.Agora que já saímos de casa, que somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “maus pais” tal como os nossos foram. Acho que este é um dos males do mundo de hoje: Não há suficientes “maus pais”.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Porquê a Quaresma?

Desde os primórdios do Cristianismo a “Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, a fim de obter a conversão. Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).

Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano, a Páscoa, a grande celebração da Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.

A celebração litúrgica não é mera lembrança do passado, algo que aconteceu com Jesus e passou, não. Jesus esta´ presente na Liturgia. O Catecismo diz que: “Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo-sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redenção.” (§1069). Isto é, pela Liturgia da Igreja Ele continua a nos salvar, especialmente pelos Sacramentos, e faz tornar presente a nossa redenção.

Mas, para que o cristão possa se beneficiar dessa celebração precisa estar preparado, com a alma purificada e o coração sedento de Deus. A Igreja recomenda sobretudo que vivamos aquilo que ela chama de “remédios contra o pecado” (jejum, esmola e oração), que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6, 1-8) e que a Igreja nos coloca diante dos olhos logo na Quarta-feira de Cinzas, na abertura da Quaresma.

A meta da Quaresma é a expiação dos pecados; pois eles são a lepra da alma. Não existe nada pior do que o pecado para o homem, a Igreja e o mundo.

Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objectivo de livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, especialmente aquelas que se referem ao corpo (gula, luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta. A esmola socorre o pobre necessitado e produz em nós o desapego e o espojamento dos bens terrenos; isto nos ajuda a vencer a ganância e o apego ao dinheiro. A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus recomendou na noite de sua agonia: “Vigiai e orai, o espírito é forte mas a carne é fraca”. A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).

“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados”(Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” ( Eclo 29,15).

Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi a se vos dará” (Mt 7,7) . E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17).

Quaresma é pois tempo de rompimento total com o pecado. Alguns pensam que não têm pecado, se julgam irrepreensíveis, como aquele fariseu da parábola que desprezava o pobre publicano (Lc 18,10 ss); mas na verdade, muitas vezes não percebem os próprios pecados por causa de uma consciência mal formada que acaba encobrindo-os. Para não cairmos neste erro temos de comparar a nossa vida com aqueles que foram os modelos de santidade: Cristo e os Santos.

Assim podemos nos preparar para o Banquete pascal glorioso, encontrando-se com o Senhor ressuscitado e glorioso com a alma renovada no seu amor.

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/category/conversao/

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Absolutamente sem comentários

Decidi colocar aqui a noticia que foi publicada no jornal de noticias de ontem(13.02.2008):
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Estudantes viram colega abortar mas tiveram medo de pedir ajuda
A estudante de 19 anos que está internada, desde domingo, no serviço de Obstetrícia do Hospital de S. Teotónio, em Viseu, após ter abortado na casa de banho da residência da Escola Profissional de Torredeita (EPT), terá utilizado um número indeterminado de comprimidos "Citotec" para o fazer.Aconselhado para as dores de estômago, mas com um elevado potencial abortivo, o medicamento terá sido oferecido por uma colega a quem a jovem garantiu conhecer os efeitos do produto por, alegadamente, já ter feito cinco abortos nas mesmas circunstâncias. O namorado estuda no Algarve.O feto de cinco meses, do sexo masculino, terá permanecido três horas dentro de um balde. Ainda com vida. Seria mais tarde retirado, já cadáver, e removido para o Instituto de Medicina Legal de Viseu. O aborto ilegal terá sido testemunhado por sete raparigas, todas colegas da jovem, que tiveram medo de pedir auxílio médico.Ontem, em conferência de Imprensa, e na presença do director da EPT, Arcides Simões, as colegas de residência contaram todos os pormenores do drama e afirmaram desconhecer quem, sob anonimato, telefonou a pedir a presença da GNR. "Ficámos loucas. Aos gritos. Não sabíamos o que fazer nem a quem pedir ajuda. Foram três horas de terror", recordou uma estudante de 20 anos.Colega cedeu comprimidosA jovem que ofereceu o "Citotec" à grávida informou ter adquirido o produto, com receita médica, para as dores do estômago. "Ela andou desde o último Natal a pedir que lhe desse alguns comprimidos, embora me garantisse que não eram para abortar. No sábado enviou uma mensagem e eu acedi. Ela tomou-os nessa mesma noite", revelou a rapariga, sem quantificar a dose.Uma médica obstretra contactada pelo JN confirmou que o "Citotec" tem efeitos abortivos fortes. "Para uma interrupção simples, de poucos dias, às vezes é preciso tomar as pílulas durante três dias. No caso de um feto com 20 semanas, seriam necessários muitos comprimidos", explicou.No domingo, por volta das 10 horas, contam as colegas, a estudante sentiu-se mal e chamou uma ambulância para a transportar ao hospital. Duas horas depois, estava de regresso à residência em Torredeita. "Chegou e disse que estava tudo em ordem com ela e com o filho", conta outra colega.O JN apurou, contudo, que a utente terá exigido alta médica no Hospital de S. Teotónio, apesar dos esforços em sentido contrário por parte do pessoal clínico. Luís Viegas, do serviço de Relações Públicas, recusou prestar quaisquer informações sobre o caso.Por volta das 16.30 horas, a rapariga abortou, na casa de banho. "Fui ter com ela e retirei a criança da sanita. Quando a embrulhava numa toalha, a mãe não deixou. Pediu para a meter no balde. Fiquei horrorizada e saí dali a correr. A nossa colega só pode estar muito doente psicologicamente. No fim de tudo, enquanto nós andávamos doidas sem saber o que fazer, ela foi ler revistas para a cama", relatou outra amiga, durante a conferência de Imprensa.Às 19.30 horas, a rapariga regressou ao hospital de Viseu, onde permanece. A Polícia Judiciária está a investigar os contornos do aborto ilegal.José Castanheira, director da Pediatria do "S. Teotónio", reconheceu que um feto de 20 semanas dificilmente sobreviveria.O director da EPT diz que não é a primeira vez que há jovens na instituição que aparecem grávidas. "São adultas. Quando nascem crianças, prestamos toda a ajuda", disse.


Teresa Cardoso

BARRO NAS MÃOS DE DEUS

Há dias em que sinto a minha existência tão frágil e quebradiça como uma peça de barro:fatiga-me a luta por viver, por crescer,por aprender, por ser livre.Experimento as dificuldades da comunicação e cansa-me ter que suportar os problemas dos outros.E sonho, então, com um mundo que seja um paraíso em que reine a concórdia e harmonia,em que as relações humanas sejam fáceise as palavras “guerra, violência, dor” tenham desaparecido.Vejo-me encostada, à sombra de uma árvore livre da dureza do trabalhoda preocupação pelos meus irmãos das tensões da responsabilidade,do esforço de ser eu mesma.
Mas, quando oiço os velhos relatos do Génesis apercebo-me que esse meu sonho não coincide em nada com o de Deus e que esconde as palavras enganosas da serpente.
Por trás da linguagem do mito o que oiço é que o meu ser está amassado com barro e alento,e que Deus e a terra são as minhas raízes.O segredo da minha alegria é confiar em Deus,saber que Ele deseja a minha intimidade e a minha escuta que me visita cada tarde, com o dom da sua presença.

Pai Nosso

Pai nosso invisível que estás nos céus,
seja santificado em nós o Teu Nome,
porque no Teu Espírito Santo,
Tu próprio nos santificaste.
Venha a nós o Teu reino
reino prometido a quantos amam Teu amor.
Tua força e benevolência repousem sobre teus servos
aqui em mistério e lá na tua misericórdia.
Da mesa que não se esgota
dá alimento à nossa indigência
e concede-nos a remissão das culpas
tu que conheces a nossa debilidade.
Nós te pedimos:
salva aquilo que criaste
e livra-o do maligno que busca o que devorar.
A ti pertence o reino, o poder e a glória, ó Senhor.
Não prives da tua bondade os teus santos.

Breviário Caldeu

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Os Dez Mandamentos de Como Viver Bem Com os Outros

I - Tenha controle de sua língua.
Sempre diga menos do que pensa.
Cultive uma voz baixa e suave.
A maneira como se fala muitas vezes impressiona muito mais do que aquilo que se fala.
II - Pense antes de fazer uma promessa e depois não dê importância ao quanto lhe custa.
III - Nunca deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
IV - Tenha interesse nos outros, em suas ocupações, seu bem-estar, seus lares e famílias.
Seja alegre com os que riem e lamente com os que choram.
Deixe cada pessoa com quem encontra, sentir que você lhe dispensa importância e atenção.
V - Seja alegre.
Conserve para cima os cantos da boca.
Esconda as suas dores, deus desapontamentos e inquietações sob um sorriso.
Ria de histórias boas e aprenda a contá-las.
VI - Conserve a mente aberta para todas as questões da discussão.
Investigue, mas não argumente.
É marca de ser superior… discordar e ainda conservar a amizade.
VII - Deixa as suas virtudes falarem por si mesmo e recuse a falar das faltas e fraquezas dos outros.
Desencoraje murmúrios.
Faça uma regra de falar coisas boas aos outros.
VIII - Tenha cuidado com os sentimentos dos outros.
Gracejos e humor não valem a pena e freqüentemente magoam quando menos se espera.
IX - Não faça caso das observações más a seu respeito.
Só viva de modo que ninguém acredite nelas.Nervosismo e indigestão são causas comuns para maledicência.
X - Não seja tão ansioso a respeito de seus direitos.
Trabalhe, tenha paciência, conserve seu temperamento calmo, esqueça de si mesmo e receberá a sua recompensa.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A ORAÇÃO E O SILÊNCIO

A ORAÇÃO, em nosso dia-a-dia, deveria ser algo simples e natural. Deveríamos acordar, passar o dia e, ao nos recolhermos, à noite, entregar-nos à oração. Pela oração alcançamos graças. Pela oração pacificamos a agitação interior e acalmamos o bulício mental.
A oração é um acto consciente, sem fórmulas, e que afasta a inconsciência.
Quando começamos a orar, parece que tudo está agitado, mas, com o passar dos minutos, a mente se acalma e podemos nos concentrar melhor. Apenas precisamos de uns quantos minutos, reservados, para orar.
O silêncio que se busca na oração é o interior e cada um precisa treinar-se em silenciar os “barulhos” e “conversas” internas.
Jesus, quando orava, também se recolhia. Se dirigia ao silêncio do deserto e, sob as estrelas, conversava com seu Pai.

Jesus: o deserto e a tentação

Antes de iniciar sua vida pública, logo após ter sido baptizado por João no rio Jordão, Jesus passou 40 dias no deserto. Esse retiro de Jesus mostra a necessidade que Ele teve em se preparar para a missão que O esperava. Contam os Evangelhos que no deserto Jesus era conduzido pelo Espírito, o que quer significar que vivia em oração e recolhimento, discernindo a vontade de Deus para Sua vida e como actuaria a partir de então. No tempo que passou no deserto Jesus teve uma profunda experiência de encontro com o Pai. E, tendo vivido intensamente esse encontro, foi tentado pelo diabo.
As tentações que Jesus viveu – e venceu! – são-nos apresentadas como aquelas que também nós vivemos e precisamos vencer. Jesus havia experimentado o encontro com o Pai em sua totalidade, no silêncio e na solidão do deserto. Estava, pois, cheio do Espírito que Lhe revelava o amor incondicional do Pai e a dimensão inimaginável do poder desse amor se o vivermos em sua plenitude. É aqui que a natureza humana se revela em fragilidade: se pudermos ter um minuto que seja do poder do amor que existe em nós, o que faremos com esse poder que nos é dado?


O diabo tenta Jesus nas coisas simples, nas vontades mais básicas: a saciedade da fome, o desejo de poder e riqueza, no querer ser superior a tudo e a todos. Sentimentos que todos – homens e mulheres – carregamos em nossos corações. Sentimentos que não são ilícitos se canalizados para os seus devidos fins, mas cuja linha que separa o bom do mau fim é tão ténue que só a vida no Espírito é capaz de reconhecer e não nos deixar escapar.

Foi por ser plasmado no Espírito, configurado pelo Revelador, que Jesus pode resistir às tentações que o diabo lhe apresentou. Diabo que não é uma figura lendária, mas o desejo que existe dentro do nosso próprio coração e que existiu dentro do coração daquele que era Deus, mas que foi homem em plenitude. Porém, a divindade que existia em Jesus venceu a humanidade e conseguiu, assim, superar o Mal.

Da experiência no deserto certamente Jesus carregou consigo a certeza de que muito facilmente o Mal nos invade e estraga o que Deus planeja para cada um. A certeza de que Ele era apenas o Filho e não o Pai, e que, enquanto Filho, cabia-Lhe a missão de levar o amor do Pai a cada um de seus irmãos terrenos. A certeza de que a vivência no Espírito é a salvação para um mundo cuja oferta de valores diverge em muito daquilo que o Pai oferece. A certeza de que são necessários muitos outros desertos para que se possa tomar o distanciamento, para que se possa ver com os olhos da alma e os olhos de Deus, para que se possa sentir o calor do Espírito no coração, para, então, enfrentar a missão e poder ser testemunho vivo do Senhor.

Pôde mais quem mais amou

Escolástica, irmã de São Bento, consagrada ao Senhor desde a infância, costumava visitar o irmão uma vez por ano. O homem de Deus vinha encontrar-se com ela num local próximo do mosteiro.Um dia veio ela como costumava todos os anos, e ao seu encontro veio seu venerável irmão, com alguns discípulos. Passaram todo o dia no louvor de Deus e em santa conversação, de tal modo que já se aproximavam as trevas da noite quando se sentaram à mesa para comer.No meio da sua santa conversação foi passando o tempo e fez-se muito tarde; a santa religiosa implorou-lhe então com estas palavras:
«Peço-te irmão, que não me deixes esta noite, para que possamos continuar até de manhã a falar sobre as alegrias da vida celeste».
Mas ele respondeu-lhe:
«Que dizes tu, irmã? De maneira nenhuma posso passar a noite fora da minha cela».Então Escolástica, ouvindo a recusa do irmão, poisou sobre a mesa as mãos com os dedos entrelaçados, inclinou a cabeça sobre elas e implorou o Senhor Omnipotente. Quando levantou a cabeça da mesa, rebentou uma grande tempestade, com tão fortes relâmpagos, trovões e aguaceiros, que nem o venerável Bento nem os irmãos que com ele se encontravam podiam pensar em sair do lugar onde estavam reunidos.Então o homem de Deus, vendo que não podia regressar ao mosteiro, começou a lamentar-se, dizendo: «Deus te perdoe, irmã. Que foste fazer?». Ao que ela respondeu: «Vê, eu pedi-te e não me quiseste ouvir. Pedi ao meu Deus e Ele ouviu-me. Agora, se podes, vai-te embora; despede-te de mim e volta para o mosteiro».E Bento, que não quisera ficar ali espontaneamente, teve de ficar contra vontade. E assim passaram toda a noite em vigília, animando-se um ao outro com santos colóquios sobre a vida espiritual.

Não nos admiremos que aquela mulher tenha tido mais poder do que ele: se na verdade, como diz João, Deus é amor, é razoável sentença que tenha tido mais poder aquela que mais amou.Três dias mais tarde, encontrando-se o homem de Deus na sua cela com os olhos levantados ao céu, viu a alma da sua irmã, liberta do corpo, em figura de pomba, dar entrada no interior da morada celeste. Então, contente com a glória tão grande que a ela tinha sido concedida, deu graças ao Deus Omnipotente com hinos e cânticos de louvor, e enviou alguns irmãos a buscar o corpo e trazê-lo para o mosteiro, onde ficou depositado no túmulo que ele tinha preparado para si. E assim, nem o túmulo separou aqueles que sempre tinham estado unidos em Deus.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A MINHA «PRIMEIRA VEZ»

Hoje, é um dia muitíssimo especial, pelo que, excepcionalmente, apenas vou publicar um texto. É um testemunho, o meu, um pouco extenso, concordo, mas muito importante para mim...

A mentalidade da sociedade em que vivemos actualmente, em que vigora o prazer imediato, atribui muitas vezes (para não dizer sempre) à expressão «primeira vez» o significado de experiência sexual.

Embora não esteja de acordo com essa mentalidade agora tão em voga, penso que me será permitida a ousadia de contar a história de uma «primeira vez», a minha:

O nosso primeiro “encontro” deu-se quando eu tinha 9 anos. Estava nervosa. Já me tinham falado muito sobre Ele, tive alguma preparação, e como é óbvio, tinha curiosidade em saber como seria. No entanto, e muito honestamente, não me recordo como correu.
Depois disso, o tempo foi passando e, apesar de se repetirem os “encontros” semanais (se bem que estes muito mais informais que o primeiro), o que é certo é que aquelas visitas já me começavam a chatear. Achava-O, sujo, mal vestido, começava a perder a vontade de O ver e de certa forma, a ter medo d’Ele (diziam-me que se não me comportasse desta ou daquela forma, Ele me castigava). Contudo, via-me forçada a comparecer aos “encontros”, não fosse Ele decidir castigar-me por tal rebeldia. Fui obedecendo, mas sem nunca me render: Ele tinha-me à força, mas não tinha o meu coração!

A situação foi avançando, assim como avançaram os anos, até que cheguei à última etapa da Iniciação nos “encontros” formais, que aconteceu no dia 26 de Setembro de 2004. Relativamente a ela, ouvia várias pessoas a afirmarem que passada essa etapa, ficava tudo «arrumado», não seriamos «obrigados» a «fazer» mais nada, a cumprir nenhum preceito formal… Não me identifiquei com esse comentário, talvez consequência de uma maior maturidade (já estava mais crescida, tinha 20 anos), tanto mais que o medo daquela figura antipática, suja e mal vestida, já ia desaparecendo. Começava até a aventurar-me num novo tipo de diálogo com Ele, este mais pessoal, em que o discurso era formado por palavras minhas, que não tivessem sido “criadas”pelos outros, nem estivessem estabelecidas segundo um esquema e uma ordem ao qual se teria de obedecer. Afinal Ele também deveria ouvir as minhas, não? Admito que a partir dessa altura e de uma forma gradual, comecei a compreender melhor algumas das Suas lógicas e, talvez consequência dessa caminhada que retomava, comecei a “libertar” o meu coração: já não me sentia tão obrigada (no sentido negativo da palavra) a visitá-LO.

Até que chega aquele que considero o dia da minha «primeira vez», do meu «verdadeiro» primeiro encontro com Ele (digo do meu, pois Ele sempre esteve comigo, eu é que não o sabia), quando me foi indicado o caminho que realmente me levava até Ele. Foi a 9 de Fevereiro de 2006 (faz hoje exactamente 2 anos): nesse dia tive a difícil tarefa de falar com um Seu amigo e representante, cuja função consistia em fazê-lO chegar à comunidade e levar a comunidade até Ele. Eu estava nervosa, não era para menos: o Seu amigo, que até então eu não conhecia, era alto, encorpado, uma figura que impunha respeito e eu, tímida, frágil, sentia-me ainda mais pequenina perante toda aquela situação. Posso dizer que, apesar de necessária, a conversa que tive com o Seu amigo (que foi muito amável comigo) foi muito difícil para mim - parece que com Ele temos de aprender que é nas dificuldades que verdadeiramente crescemos - mas igualmente importante, pois foi ela que deu inicio a uma verdadeira reviravolta, uma vez que me foi dado a conhecer um novo caminho para uma nova realidade: afinal Aquele que eu julgava conhecer, não tinha má aparência, nem era tão mau como se dizia: as suas «regras» e «imposições», não eram para me castigar, mas sim para tentar evitar as minhas quedas e levantar-me quando eu, por teimosia, caísse. Afinal Ele queria a minha felicidade, Ele era bom. Mas que prodígio…

A partir daí e à medida de O ia vendo com maior regularidade, comecei a notar que as Suas vestes se estavam a tornar muito brancas, tão brancas que me «encantaram», tornando-me sua «prisioneira» ao ponto de sentir a necessidade de O começar a visitar todos os dias. Eu, que só O procurava uma vez por semana, sem vontade, fiquei como que «obrigada» a O encontrar todos os dias, só assim me sentia bem, não conseguia passar ao lado, indiferente, já não conseguia viver sem isso. No entanto ficava-me uma questão: porque é que Ele andava todo sujo e tão mal vestido, se agora estava tão bonito? Foi então que entendi que não tinha sido ELE a mudar a aparência, a mudança estava a realizar-se em mim, EU é que comecei a vê-LO de forma diferente. Esta foi e tem sido a minha grande descoberta: afinal Ele é BELO e a sua Beleza vem de algo chamado Amor, o Amor que Ele tem por mim, por todos nós! E Ele é novidade constante e permanente, não Se extingue nem fatiga: mesmo agora, quando mergulho no Seu mistério e (ingenuamente) penso já conhecer tudo sobre Ele, o Seu máximo, Ele me mostra que o que para nós é máximo, para Ele é mínimo, é que a sua medida é o infinito…

No final de tudo, tiro uma conclusão: muitas vezes, o vinho pode ser muito bom, mas se o servimos em copos sujos, corremos o risco de o depreciarmos. Saibamos escolher, não só o vinho, como também os copos…

PS: a Eucaristia de Domingo, é de Acção de Graças e quanto tenho eu para agradecer…

Respostas de Deus!

Sabia que Deus tem uma resposta positiva para todas as coisas negativas que nós dizemos para nós mesmos?
Você diz: Isso é impossível.
Deus diz: TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS. Lucas 18.27

Você diz: Estou muito cansado.
Deus diz: EU TE DAREI DESCANSO. Mateus 11.28

Você diz: Ninguém me ama de verdade.
Deus diz: EU TE AMO. João 3.16 e 13.34

Você diz: Não consigo ir em frente.
Deus diz: MINHA GRAÇA TE BASTA. 2 Coríntios 12.9; Salmo 91.15

Você diz: Eu não consigo perceber as coisas.
Deus diz: EU DIRIGIREI SEUS PASSOS. Provérbios 3.5,6

Você diz: Eu não consigo fazer isso.
Deus diz: VOCÊ PODE TODAS AS COISAS. Filipenses 4.13

Você diz: Eu não sou capaz.
Deus diz: EU SOU CAPAZ. 2 Coríntios 9.8

Você diz: Isso não vai valer a pena.
Deus diz: ISSO VALERÁ A PENA. Romanos 8.28

Você diz: Não consigo me perdoar.
Deus diz: EU TE PERDÔO. 1 João 1.9 e Romanos 8.1

Você diz: Não consigo o que quero.
Deus diz: EU SUPRIREI TODAS AS SUAS NECESSIDADES. Filipenses 4.19

Você diz: Estou com medo.
Deus diz: EU NÃO TENHO TE DADO UM ESPÍRITO DE COVARDIA. 2 Timóteo 1.7

Você diz: Estou sempre preocupado e frustrado.
Deus diz: LANÇA TODA TUA ANSIEDADE EM MIM. 1 Pedro 5.7

Você diz: Eu não tenho fé suficiente.
Deus diz: EU TENHO DADO A CADA UM UMA MEDIDA DE FÉ. Romanos 12.3

Você diz: Eu não sou inteligente suficiente.
Deus diz: EU TE DOU SABEDORIA. 1 Coríntios 1.30

Você diz: Eu sinto-me sozinho.
Deus diz: EU NUNCA TE DEIXAREI, NEM TE DESAMPARAREI. Hebreus 13.5

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O POTE RACHADO

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara na qual ele carregava atravessada no seu pescoço.Um dos potes tinha uma rachadela, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa caminhada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.Foi assim por dois anos, diariamente. O carregador a entregar um pote e meio de água na casa do seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso das suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado da sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele tinha sido designado a fazer. Após perceber durante dois anos, que tinha uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia à beira do poço:- Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas. - Porquê? Perguntou o homem. De que estás envergonhado? - Nesses dois anos eu só fui capaz de entregar metade da minha carga, porque esta rachadela no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa do seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote.O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou: - Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.De facto, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu um certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade da água, e voltou novamente a pedir desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:- Notas-te que pelo caminho só havia flores no teu lado? Eu, ao conhecer o teu defeito, tirei vantagem dele. Lancei sementes de flores no teu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, tu regáva-las. Durante dois anos eu pude colher estas lindas flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Se tu não fosse do assim, ele não poderia ter esta beleza na sua casa.
Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Todos nós somos potes rachados. Porém, se permitirmos, o Senhor vai usar estes nossos defeitos para embelezar a mesa do seu Pai. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se os conhecermos, eles poderão causar beleza.

MAGO (Senhor, ensina-me a rezar)

Consta que há muitos anos numa aldeia, havia um mago que lá ia de tempos a tempos para ensinar, o que achasse importante, aquelas gentes. Naquele ano, como em todos os outros, a sua chegada era aguardada por todos com ansiedade e surpresa. Muitos enfeitavam já as suas casas para a ocasião inesperada de o receberem. A felicidade, a ansiedade e a surpresa decoravam aquela aldeia. Ora, depois de acolhido, o sábio disse que lhes ia propor um jogo muito simples. Este jogo consistia no seguinte:
“cada um de vós receberá um destes gigantescos sacos vazios, que são para encher de maçãs. Quando eu assobiar, todos pegam nos seus respectivos sacos, com as maçãs que têm e depositam-nas no chão, separado dos outros, para eu ver quem encheu mais” – disse o sábio, alisando a sua sábia barba austera e comprida.
Todos acharam este desafio extremamente simples. Começaram a subir a todas as macieiras daquela zona, corriam para ver quem trazia o maior número de maçãs para encher o seu saco. Ora, o pequeno Lucas não foi logo a correr, embora todos o incentivassem a ir. Ele não achava que aquilo seria assim tão fácil e “pensabudo” fitava o saco com dúvidas. Pensou. Apalpou o saco de serapilheira. Os seus olhos iluminaram-se com cores de ideia, pegou no saco e correu para casa. A algazarra, as corridas em busca de mais maçãs continuavam. Jeremias já discutia com a sua mulher Sara (“Já te disse para apanhares essas maçãs”), o velho Zé pediu ao neto para ir buscar um escadote (“Já não tenho idade para subir a macieiras. Que diabo!”), Simão acusava o António de lhe ter roubado umas quantas maçãs… contudo a demanda continuava. Enquanto isso se passava, o pequeno Lucas era olhado com desprezo por aqueles que, ao trazerem imensas maçãs, pensavam “enfim, crianças”! O velho sábio fitava sabiamente o pequeno. Finalmente Lucas trouxera de novo o saco. Fora então buscar maçãs, quando já todos tinham os sacos quase cheios.- Só vens buscar maçãs agora Lucas? Ele sorriu. Encheu as suas duas pequenas mãos com duas pequenas maçãs que estavam no chão. Correu para o seu saco e lá as pôs. Quando acabou de as pôr no seu saco, o sábio assobiou. Todos pegaram nos seus sacos que estavam no chão. Contudo, ao levantarem para os porem às costas, todas as maçãs apanhadas caíram por terra. Os sacos que o sábio dera não tinham o fundo cozido.Só Lucas seguiu, pegou no saco e poisou as maças no local indicado, sob olhares boquiabertos. Muitos tinham apanhado milhares de maçãs naquela meia hora… Lucas tinha duas! O mago levantou-se da sua sábia cadeira, e apontando para a criança com o seu sapiente cajado disse:
- Não vos preocupeis tanto com o muito fazer, mas sim com o saber e conhecer aquilo que quereis fazer.

Tantas vezes queremos fazer, receber e dar tanto por Deus, e esquecemo-nos completamente do momento silencioso e escondido em que, ao rezarmos, cosemos o fundo dos nossos sacos de serapilheira que servirão de amparo para o muito ou pouco que fazemos. Sem oração, sem relação com o Senhor onde iremos nós? Sem oração toda a entrega se poderá tornar numa profissionalização de boas acções. Com Deus, com o nosso coração tudo se poderá tornar em amor. Sem oração o muito e o pouco são nada, com oração o pouco faz-se muito e o muito torna-se pouco perante “tanto bem recebido”.
“Senhor, ensina-me a rezar!”

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A vida


Para os erros, há perdão;
para os fracassos, oportunidade;
para os amores impossíveis, tempo...

Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e
acredite em você.

Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planeando,
vivendo que esperando

Porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.

Fernando Pessoa

QUEM SE ABANDONA EM DEUS

Quem se abandona em Deus
vive cada dia a surpresa mas só se deixa surpreender quem vive atento a cada momento.
Quem se abandona em Deus
vive como ninguém esses momentos de plenitude que nos arrastam para a frente, num infinito de Amor que nos ultrapassa e nos envia.
Quem se abandona em Deus
conhece a solidão de um caminho únicoque se aprende e se conhece caminhando...Vive o “não saber” e aprende a viver “ao sabor de Deus”.
Quem se abandona em Deus
aprende cada dia a dizer “SIM”, nessas muitas Anunciações em que nos deixamos fazer por Deus que, ao fecundar as nossas vidas, nos vai transformando noutro Jesus...
Quem se abandona em Deus
sabe que chegará sempre o momento da Cruz, da entrega do “filho único”... e experimentará o “sem-sentido”,o abandono, a solidão profunda e o fracasso...mas é, então, quando descobre a morte como porta para a vida e aprende a viver “passando”...
Quem se abandona em Deus
experimentará o Amor louco de Jesus, que pouco a pouco vai gravando em nós o Seu rosto, o seu nome, o Seu olhar...
Quem se abandona em Deus
vai sendo transfigurado, e a sua pequenez torna-se dom,e vida e sentido para muitos...
Quem se abandona em Deus
chegará a ser UM com Jesus no Coração do Pai.

Quarta Feira de Cinzas

O QUE É QUARTA-FEIRA DE CINZAS?

É um princípio da Quaresma; um dia especialmente penitencial, em que manifestamos nosso desejo pessoal de CONVERSÃO a Deus. Quando vamos aos templos em que nos impõem as cinzas, expressamos com humildade e sinceridade de coração, que desejamos nos converter e crer de verdade no Evangelho.


QUANDO TEVE ORIGEM A PRÁTICA DAS CINZAS?

A origem da imposição da cinza pertence a estrutura da penitência canônica. Começou a ser obrigatória para toda a comunidade cristã a partir do século X. A liturgia atual conserva os elementos tradicionais: imposição da cinza e jejum rigoroso.


QUANDO SE ABENÇOA E SE IMPÕEM A CINZA?

A benção e a imposição da cinza tem lugar dentro da Missa, após a homilia; embora em circunstâncias especiais, se pode fazer dentro de uma celebração da Palavra. As formas de imposição da cinza se inspiram na Escritura: Gn, 3, 19 e Mc 1, 15.


DE ONDE PROVEM A CINZA?

A cinza procede dos ramos abençoados no Domingo da Paixão do Senhor, do ano anterior, seguindo um costume que se remonta ao século XII. A forma de benção faz relação a condição pecadora de quem a recebeu.


QUAL É O SIMBOLISMO DA CINZA?

O simbolismo da cinza é o seguinte:
1. Condição fraca do homem, que caminha para a morte;
2. Situação pecadora do homem;
3. Oração e súplica ardente para que o Senhor os ajude;
Ressurreição, já que o homem está destinado a participar no triunfo de Cristo;

Fonte: Editora Cléofas

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Deus em Tudo

Muitas vezes, passamos nossa vida sem a percepção de que Deus cuida de nós. Levamos nossos dias em tamanha correria que não chegamos a nos dar conta dessa presença. Quantas vezes, em nosso dia a dia, Deus faz milagres, quebra-nos galhos, atende-nos em nossos pedidos nós nem percebemos.
Passe a ver quantas coisas Ele tem feito em sua vida. Atente-se para isso. Quantas vezes tudo o que queríamos acontece, e atribuímos à "sorte" ou "coincidência"...
Quantas vezes pedimos, dentro de nosso coração algo tão simples a Deus, como que aquele estabelecimento ainda não tenha fechado quando chegarmos lá, e sequer lembramos de agradecê-lo quando chegamos e encontramos conforme pedimos. Esperamos por grandes milagres, e não vemos os pequenos. Esperamos por grandes transformações, grandes mudanças, e não percebemos as pequenas.
Convido-o hoje a pedir a Deus a graça dessa percepção, a sabedoria de perceber quantas vezes Deus cuida de nossos problemas, até antes de virarem problemas.
Aquela questão de que "não existe coincidência, o que existe é providência" é muito verdadeira. Passemos a Louvá-lo pelas pequenas e grandes coisas que tem feito em nossas vidas.

Ecclesiae Dei

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Declaração de Deus

Tu esqueces-te de Mim, no entanto, eu procuro-te a cada momento do dia e estou diante das portas do teu coração, chamando-te. Achas que é difícil acreditar? Então vê a cruz, vê o Meu coração que foi trespassado por ti. Não compreendeste a Minha cruz? Escuta de novo as palavras que Eu disse nela, pois te dizem claramente porque suportei tudo isto por Ti: … Tenho sede. Sim, tenho sede de ti.Toda a tua vida Eu desejei o teu amor. Nunca parei de o procurar e desejar que me correspondesses. Tu experimentaste muitas outras coisas para ser feliz. Porque não tentas abrir o teu coração, agora mesmo, mais do que antes?Quando finalmente abrires as portas do teu coração e te aproximares o suficiente, então Me ouvirás dizer uma e outra vez; não em meras palavras mas em espírito: Não importa o que tenhas feito, Eu amo-te por ti mesmo. Vem a Mim com a tua miséria e com o teu pecado, com os teus problemas e necessidades, e com o teu desejo de ser amado. Estou à porta do teu coração e chamo… abre-a porque tenho sede de ti…


PS- Por vezes nem sempre entendemos a forma como Deus nos fala. A sua linguagem é diferente da nossa? Não… simplesmente colocamos entraves ao que Ele nos diz e não entendemos que Ele tem sede de nós. (Daqui a bocado falo contigo… Espera só um bocado… Hoje não tenho tempo… Não me apetece) Porquê… se Ele tem sede de ti?

Altera a letra do post para entenderes o que Deus te quer dizer.

O Rosto Humano do Amor de Deus

http://www.youtube.com/watch?v=mSnZyRrA6zU

No silêncio...

No silêncio dos gestos simples,
Na ousadia das palavras proféticas,
Uma voz clama…
E que diz ela?
Diz que a é entregar-se,
Que o Amor é dar-se,
Que é Sábio aquele que serve,
Que o silêncio é Deus em nós,
Que a Cruz é salvação:
Loucura para os que se perdem,
Mas para nós força de Deus
(cf. 1 Cor. 1, 18)

Mostra-me, SENHOR,
os teus caminhos
e ensina-me as tuas veredas.
Dirige-me na tua verdade e ensina-me,
porque Tu és o Deus meu salvador.
Em ti confio sempre.

Lembra-te, SENHOR,
da tua compaixão e do teu amor,
pois eles existem desde sempre.
Não recordes
os meus pecados de juventude
e os meus delitos.

Lembra-te de mim, SENHOR,
pelo teu amor e pela tua bondade.
O SENHOR é bom e justo;
por isso ensina o caminho aos pecadores,
guia os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer o seu caminho.

Todos os caminhos do SENHOR
são amor e fidelidade,
para os que guardam a sua aliança
e os seus preceitos.

Por amor do teu nome, SENHOR,
perdoa o meu pecado,
pois é muito grande.

Quem é o homem que teme ao SENHOR?
Ele lhe ensinará o caminho a seguir.
A sua vida decorrerá feliz,
e os seus descendentes possuirão a terra.

Salmo 24 (25), 4-13
Encontrei esta frase por acaso e fez-me pensar... Estará Deus a chamar-me para a vida consagrada? Terei eu coragem para responder ao Seu apelo?

Queridos jovens, se participardes frequentemente na celebração da Eucaristia, se tomardes um pouco do vosso tempo para a adoração do Santíssimo Sacramento, então, da Fonte de amor que é a Eucaristia, ser-vos-á dada a alegre determinação a consagrar a vossa vida ao seguimento do Evangelho".

Papa Bento XVI, JMJ 2008

Olhar nos Olhos do Fugitivo

Certo dia, um jovem fugitivo, que tentava esconder-se do inimigo, entrou numa pequena aldeia. As pessoas foram amáveia para com ele e ofereceram-lhe um lgar para descansar. Mas quando os soldados que procuravam o fugitivo perguntaram onde é que estava o fugitivo, todos ficaram cjeios de medo. Os soldados ameaçaram queimar a aldeia e matar todos os homens da aldeia a não ser que o jovem lhes fosse entregue antes do dia despontar. As pessoas foram ter com o ministro da igreja e perguntaram-lhe o que fazer. O ministro, dividido entre entregar o rapaz ao inimigo ou deixar matar o seu povo, retirou-se para o seu quarto e leu a Bíblia, na esperança de encontrar uma resposta antes do nascer do dia. Depois de muitas horas, já de manhãzinha, os seus olhos depararam com as seguintes palavras: «É melhor que morra um só homem do que se perca todo um povo.» Então o ministro fechou a Bíblia, chamou os soldados e disse-lhes onde estava escondido o rapaz. E depois dos soldados terem levado o rapaz para o matarem, houve uma festa na aldeia porque o ministro tinha salvado a vida do povo. Mas o ministro não tomou parte da celebração. Atormentado por uma tristeza profunda, manteve-se fechado no seu quarto. Naquela noite um Anjo veio ao seu encontro e perguntou:
- Que fizeste?
Ele respondeu:
- Entreguei o fugitivo ao inimigo - ao que o Anjo retorquiu:
- Mas não vês que entregaste o Messias?
- Como é que eu podia saber? - retorquiu o ministro ansiosamente.
O Anjo respodeu:
- Se, em vez de leres a tua Bíblia, tivesses visitado aquele jovem uma só vez e olhado nos olhos dele, terias sabido.

“Este é o meu TEMPO entregue por vós”

Este é o testemunho de uma jovem do Instituto das Escravas do Sagrado Coração de Jesus que vale a pena ser lido:

Há quase dois meses, deixei a minha comunidade do Noviciado, em Córdova, para iniciar, na comunidade do Colégio de Lisboa, a minha experiência apostólica. Um tempo, antes de mais, para experimentar, para “sentir na pele”, ou, como dizia Santo Inácio, para “saborear internamente” este gostinho especial de ser Escrava do Coração de Jesus. Para mim, tem sido essencialmente uma oportunidade de SERVIR. Muitas vezes me veio ao coração a frase de Rafaela Maria e da sua irmã Dolores – “fomos servidas durante tempo suficiente. Agora é TEMPO DE SERVIR”. É isto que sinto que Deus me pede, neste momento: que dê do meu tempo, que ponha o meu tempo ao serviço dos outros. “Este é o meu TEMPO entregue por vós!”. Como Jesus, na Última Ceia, quero “DAR GRAÇAS” a Deus pela Vida que me dá, pelo tempo, por este PRESENTE, este HOJE concreto que vou aprendendo a receber de Deus e a “partir e repartir” por quem dele necessita; quero DAR GRAÇAS pelas irmãs do Instituto (e de forma especial pelas da comunidade de Lisboa), por tantas vidas concretas de quem aprendo a dar a vida; e quero DAR GRAÇAS, também, por tantos rostos – sobretudo dos alunos deste colégio! – com quem pude partilhar a Vida ao longo destes dois meses. Parto com o coração cheio de nomes novos, de rostos e de vidas concretas... cheio de um OBRIGADA sincero, por ter recebido muito mais do que o que dei! E levo na mala a CERTEZA de que, com Cristo e por Cristo, VALE MESMO A PENA ENTREGAR A VIDA, pôr o “tempo”, o “nosso tempo” ao serviço de quem precisar.

Marta Heleno

Aridez espiritual ajuda-nos na conquista da humildade

«A vida espiritual também é permeada por tempos de aridez, falta de gosto pelas coisas de Deus, solidão, desânimo... Nesses períodos, somos privados das consolações sensíveis e espirituais. Isso, mesmo que nós não entendamos, favorece nosso crescimento na vida de oração e na prática das virtudes. Apesar de muitos esforços, de disciplina na vida espiritual a pessoa, ao passar por esses momentos de deserto, não sente gosto na oração; ao contrário, experimenta-se nela o cansaço, o desânimo, a ausência da presença de Deus, como se Ele tivesse se esquecido de nós e o tempo parece que não tem fim. Poderíamos dizer que a fé e a esperança estão adormecidas. A alma parece envolta numa espécie de torpor. É um tempo penoso em que não se experimenta a alegria. Esse período de aridez ajuda-nos a desprendermo-nos de tudo o que não proclama o senhorio de Jesus em nossas vidas, nos ensina e nos educa a buscar a Deus por aquilo que Ele é e não por aquilo que Ele pode nos oferecer. Ajuda-nos a viver o abandono em Deus. Elizabete da Trindade, grande mística carmelita, dizia: "É preciso deixar tudo para abraçar aquele que é Tudo". A aridez espiritual ajuda na conquista da humildade, faz-nos entender que tudo vem de Deus e em tudo dependemos d'Ele. O amor de Deus para connosco é puramente gratuidade. Esse tempo penoso faz-nos compreender que Ele é o Senhor dos dons e os distribui segundo a maneira que lhe apraz. Não somos nós que devemos ditar as ordens para Deus, Ele é o Senhor, Ele é Deus, Ele é livre e nós somos os seus servos. Assim Deus nos purifica; sofre-se muito, mas este é um sofrimento redentor. Aprendemos a servir a Deus sem gosto para fazê-lo. Aprendemos a buscá-Lo em todos os momentos. Aprendemos que nossos olhos devem estar fixos n'Ele. Assim, o Senhor robustece a nossa fé, nos impele a não desistir na busca da prática do bem e ensina-nos o caminho da constância como ocorreu com Santa Teresa d'Ávila, que durante anos teve dúvidas da presença de Jesus na Eucaristia, mas nem por isso deixou de fazer a Adoração Eucarística. É por meio desse exercício que se fortifica a virtude. Costumo dizer para os meus filhos na Canção Nova: "10% é de inspiração e 90% de transpiração".»



Monsenhor Jonas Abib

Estar a sós com Deus Pai

É preciso aprender a ouvir o Senhor para – na orientação d'Ele – recebermos a coragem de que necessitamos para enfrentar as coisas e renová-las. É preciso ouvir o Senhor como fez Jesus naquela madrugada, após ter passado a tarde curando a sogra de Pedro. Quando Ele fez esse milagre, o povo foi todo para a porta da casa do apóstolo e o Senhor fez inúmeros milagres naquele dia. Na madrugada seguinte, Ele estava com o Pai para ouvi-Lo, para falar com Ele. Quando os apóstolos chegaram para levá-Lo novamente à casa de Pedro, porque muitos O esperavam lá, o Senhor disse que não iria, porque iriam para outra cidade. Cristo não queria o sucesso, queria apenas cumprir a vontade de Deus anunciando a Boa Nova. Os que vieram naquele dia, puderam ver os milagres, a pregação da Palavra, a evangelização e as curas realizadas por Ele. O Senhor sempre vai à frente para outros lugares, realizar sua missão.Nós, da mesma forma, precisamos cumprir nossa missão, mas sempre encontrar um tempo para estarmos a sós com Deus Pai a fim de adorá-Lo, louvá-Lo e bendizê-Lo por tudo e por todos.

Monsenhor Jonas Abib

Proposta de Deus para nós hoje: Santidade

“A juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”
- Paul Claudel (Filósofo Francês Católico)

Partindo dessa maravilhosa verdade, penso em tantos desafios para os quais hoje os jovens são chamados:
- Castidade
- Honestidade
- Amor
- Estudo
- Trabalho
Como podemos resumir tudo isso: A juventude é chamada à Santidade... esse é o desafio ao qual Deus nos chama a cada dia, a cada momento. Não importa o que você fez até hoje.
Deus te limpa de todo o pecado. Basta confessar-se de coração arrependido, e começar do zero. Essa é a proposta de Deus para a minha vida e para a sua vida hoje. Você aceita? Então vamos lá!

Por que ir a Igreja?

Um frequentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir a Igreja todos os domingos. "Eu tenho ido a Igreja por 30 anos", ele escreveu, " e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões." " Mas por minha vida, eu não consigo lembrar nenhum sequer deles... Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os Padres estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões! Esta carta iniciou uma grande controvérsia na coluna "Cartas ao Editor", para prazer do Editor em Chefe do jornal.
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Isto foi por semanas, recebendo e publicando cartas no assunto, até que alguém escreveu este argumento: "Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições. Mas, pela minha vida, eu não consigo me lembrar da ementa de nenhuma destas 32.000 refeições. Mas de uma coisa eu sei ... Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, eu estaria hoje fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido a Igreja para alimentar minha fome espiritual, eu estaria hoje morto espiritualmente." Quando a gente está resumido a NADA... DEUS está POR CIMA DE TUDO! Fé vê o invisível, acredita no inacreditável, e recebe o impossível! Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!"
Desconheço o autor.

Fonte Paróquia N. Senhora das Graças http://www.pnsg.org.br/igreja.html

sábado, 2 de fevereiro de 2008

A VIDA É …

A vida é um dom.
Acolhe-a, agradece-a.
A vida é um caminho que às vezes passa por ribanceiras.
Segue a luz do Evangelho.
A vida é um mistério.
Contempla-a a partir do coração de Cristo.
A vida é uma semente que cresce, é uma árvore que dá fruto.
Enraíza-a no coração de Jesus.
A vida tem tempos de cruz.
Olha para Cristo crucificado acompanhando-te.
A vida é ocasião para receber amor e sabedoria.
Abre o coração para que delas fique cheio.
A vida é plenitude.
Deixa que Deus te coloque onde Ele quiserpara que assim se cumpra a Sua vontade.
A vida é para ser entregue.
Contagia-a, oferece-a, faz que transborde.
A vida vive-se dia a dia.
Tece-a com fé e generosidade.
A vida é uma fonte de graça que sai generosamente de Deus.
Não cortes o fio das Suas misericórdias.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Evangelho do dia

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Mc 4, 26-34

Naquele tempo, disse Jesus à multidão:«O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra.Dorme e levanta-se, noite e dia,enquanto a semente germina e cresce,sem ele saber como.A terra produz por si, primeiro a planta, epois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga.E quando o trigo o permite,logo se mete a foice,porque já chegou o tempo da colheita».Jesus dizia ainda:«A que havemos de comparar o reino de Deus?Em que parábola o havemos de apresentar?É como um grão de mostarda,que, ao ser semeado na terra,é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;mas, depois de semeado,começa a crescer etorna-se a maior de todas as plantas da horta,estendendo de tal forma os seus ramosque as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas,conforme eram capazes de entender.E não lhes falava senão em parábolas;mas, em particular,tudo explicava aos seus discípulos.

Palavra da salvação.

MEDITAÇÃO

Duas breves parábolas põem em realce duas características do reino de Deus: a primeira refere-se à força interior desde reino, que o faz nascer e crescer pela força de Deus e não do homem; a segunda põe em contraste os começos humildes deste Reino e a pujança final para onde se encaminha, e que bem manifesta a força interior que o animava desde o início. É, na realidade, grande mistério este Reino de Deus, presente já na Igreja sobre a terra e um dia glorioso no Céu.

Tenho medo...

Penso que Deus me vai dando sinais de que me chama à vida consagrada, no entanto tenho medo... Não que essa possibilidade não tenha já sido ponderada por mim, no entanto, penso que a ausência desse tipo de vocação no meu meio familiar e grupo de amigos mais próximos, bem como a importância dessa decisão me fazem tremer.
"Não tenhais medo, de abrir as portas a Cristo", foi o convite que o meu muitíssimo amado Servo de Deus, João Paulo II fez aos jovens na altura da sua eleição... Quero trazer para mim as suas palavras, para que possa responder com coragem ao chamamento divino.

Vinde, Senhor, em meu auxílio...