domingo, 17 de fevereiro de 2008

Madre Teresa de Calcutá

Madre Teresa de Calcutá ao iniciar-se como irmã da caridade é-lhe confiada a missão de professora... em que Ela cita:
"... Tomei ainda outro encargo, a escola de Santa Teresa que se encontra em Calcutá... No mesmo dia em que me confiaram esta tarefa, fui ao local para tomar contacto com a situação. A escola era bastante longe da nossa casa e, assim, todos os dias, ia para lá num carrinho indiano. Assim, chego antes dos meus aluninhos...Quando os pequenos me viram pela primeira vez, olharam uns para os outros, e perguntaram de si para si se eu era um espírito mau ou uma deusa. Para eles não há meio termo. Se se é gentil com eles, adoram-nos como uma divindade; pelo contrário, temem as pessoas que se mostram malevolentes para com eles, como se fossem demónios, e contentam-se com respeitá-los.Arregacei imediatamente as mangas, mudei de lugar todos os móveis da sala de aulas, agarrei numa vassoura e num balde de água, e pus-me a limpar o pavimento. Isto encheu-os de surpresa. Ficaram muito tempo a olhar-me, pois nunca tinham visto um tal início de aulas, tanto mais que na Índia os trabalhos deste género são reservados às castas inferiores. Quando me viram sorridente e alegre, as meninas começaram a ajudar-me, enquanto os rapazes traziam a água. Ao cabo de duas horas, o local imundo estava transformado, pelo menos em parte, numa sala de aulas que respirava limpeza. Era uma sala muito longa, que tinha servido de capela e que estava agora dividida em cinco classes.À minha chegada, havia 52 crianças; são agora mais de trezentas. Ensino também noutras escola, que conta cerca de duzentas crianças, mas que mais parece um estábulo que uma escola. Ensino também noutro local, uma espécie de pátio. Quando vi onde dormiam as crianças e o que comiam, senti cortar-se-me o coração, pois não é possível encontar maior miséria!E são alegres. Ó ditosa infância!Quando nos conhecemos, não podiam conter a sua alegria. Puseram-se a saltar e a cantar à minha volta, até eu pôr a mão sobre cada uma das suas cabecinhas pegajosas. A partir desse dia, chamaram-me "Ma", o que quer dizer "a mamã". Tão pouca coisa chega para dar felicidade aos corações simples..."

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