segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Ser possuído por Jesus de Nazaré

A meditação que se segue é muito bonita e vale a pena deixar-se tocar por ela...

2 comentários:

Alma peregrina disse...

É preciso dar-Lhe tudo, ser possuído por Ele e, às vezes, é bem difícil...

De facto é verdade, mas na Quaresma deveria tornar-se mais fácil.

Porque aí somos recordados que não é gratuitamente que Ele nos exige a totalidade do nosso Ser. Ele já Se deu todo por nós.

Desta forma, quem fica a ganhar somos nós. Mesmo que perdêssemos todo o nosso ser, ainda teríamos ganho a Deus. Deus deu-Se, sem garantias de nada (quantos não O recusam ou até O desprezam, apesar do Seu sofrimento na Cruz!). E que ganhou Ele com isso? No máximo, apenas poderá ganhar o amor de uns quantos pobres e imperfeitos mortais!

Mas a quem ama, as imperfeições não contam, não é? Somos quem somos, mas Deus está sempre disposto a acolher-nos como na Parábola do Filho Pródigo.

Deveríamos ser merecedores desse Amor.

Infelizmente, nos dias que correm, perdeu-se o significado da palavra Amor. As pessoas pensam que é "possuir" e não "oferecer-se". E esta inversão nas relações humanas reflecte-se nas relações com o divino.

Desta forma, estão constantemente exigindo de Deus.
Exigem riquezas, poder, luxo, coisas materiais terrenas e comezinhas.
Ou exigem respostas às suas questões, sob a forma de pretensas provas científicas ou milagres, quando Ele já nos deu o milagre de Jonas (Mt 12:38-40).
Ou, pior, exigem que Ele altere a Palavra que nos ofereceu, de forma a moldar-se às suas próprias expectativas e crenças, ignorando que as Suas Leis não são para Ele, mas para o nosso próprio bem...

E, quando não obtém o que querem, "divorciam-se" d'Ele, amuam, culpam-No... como se o Seu sacrifício não tivesse valido nada.

Até os mais justos O atraiçoam, sempre que pecam.

Mas se Deus, que é Deus e, portanto, de infinito valor, se Ele se ofereceu por mim, que direito tenho eu de lhe fazer exigências? O tempo da Lei já passou, este deveria ser o tempo do Amor. Já não há "exigências" da parte d'Ele, por que continua a haver da nossa parte (como sempre houve, desde Adão)?

Talvez seja esta função do jejum e do desprendimento que caracterizam este tempo...

Obrigado por esta reflexão, fez-me entrar no espírito da Quaresma!

Cumprimentos

sofia disse...

Olá Kephas!
Tenho andado com muito pouco tempo para vir ao blog e de momento estou sem pc, o que não ajuda nada... De qualquer forma, tenho a dizer-te que as tuas palavras enriqueceram e muito o meu dia... Para um católico que "acordou" há apenas um ano, tenho a dizer-te que "acordaste" em força... Bela reflexão a tua, muitos parabéns por essa fé tão pura, (pelo menos na maneira de pensar)tão aproximada do Evangelho do Senhor. Quem dera que muitos cristãos deixassem o seu cristianismo "instalado" e pensassem a sua fé...

Um abraço...