É preciso dar-Lhe tudo, ser possuído por Ele e, às vezes, é bem difícil...
De facto é verdade, mas na Quaresma deveria tornar-se mais fácil.
Porque aí somos recordados que não é gratuitamente que Ele nos exige a totalidade do nosso Ser. Ele já Se deu todo por nós.
Desta forma, quem fica a ganhar somos nós. Mesmo que perdêssemos todo o nosso ser, ainda teríamos ganho a Deus. Deus deu-Se, sem garantias de nada (quantos não O recusam ou até O desprezam, apesar do Seu sofrimento na Cruz!). E que ganhou Ele com isso? No máximo, apenas poderá ganhar o amor de uns quantos pobres e imperfeitos mortais!
Mas a quem ama, as imperfeições não contam, não é? Somos quem somos, mas Deus está sempre disposto a acolher-nos como na Parábola do Filho Pródigo.
Deveríamos ser merecedores desse Amor.
Infelizmente, nos dias que correm, perdeu-se o significado da palavra Amor. As pessoas pensam que é "possuir" e não "oferecer-se". E esta inversão nas relações humanas reflecte-se nas relações com o divino.
Desta forma, estão constantemente exigindo de Deus. Exigem riquezas, poder, luxo, coisas materiais terrenas e comezinhas. Ou exigem respostas às suas questões, sob a forma de pretensas provas científicas ou milagres, quando Ele já nos deu o milagre de Jonas (Mt 12:38-40). Ou, pior, exigem que Ele altere a Palavra que nos ofereceu, de forma a moldar-se às suas próprias expectativas e crenças, ignorando que as Suas Leis não são para Ele, mas para o nosso próprio bem...
E, quando não obtém o que querem, "divorciam-se" d'Ele, amuam, culpam-No... como se o Seu sacrifício não tivesse valido nada.
Até os mais justos O atraiçoam, sempre que pecam.
Mas se Deus, que é Deus e, portanto, de infinito valor, se Ele se ofereceu por mim, que direito tenho eu de lhe fazer exigências? O tempo da Lei já passou, este deveria ser o tempo do Amor. Já não há "exigências" da parte d'Ele, por que continua a haver da nossa parte (como sempre houve, desde Adão)?
Talvez seja esta função do jejum e do desprendimento que caracterizam este tempo...
Obrigado por esta reflexão, fez-me entrar no espírito da Quaresma!
Olá Kephas! Tenho andado com muito pouco tempo para vir ao blog e de momento estou sem pc, o que não ajuda nada... De qualquer forma, tenho a dizer-te que as tuas palavras enriqueceram e muito o meu dia... Para um católico que "acordou" há apenas um ano, tenho a dizer-te que "acordaste" em força... Bela reflexão a tua, muitos parabéns por essa fé tão pura, (pelo menos na maneira de pensar)tão aproximada do Evangelho do Senhor. Quem dera que muitos cristãos deixassem o seu cristianismo "instalado" e pensassem a sua fé...
Olá! Como eu gostava de saber quem passa pelo blog, peço para deixarem uma mensagem com o nome, idade, cidade, etc, o que quiserem, nos comentários ou então mandem-me um mail para jesusmylord@portugalmail.com...
2 comentários:
É preciso dar-Lhe tudo, ser possuído por Ele e, às vezes, é bem difícil...
De facto é verdade, mas na Quaresma deveria tornar-se mais fácil.
Porque aí somos recordados que não é gratuitamente que Ele nos exige a totalidade do nosso Ser. Ele já Se deu todo por nós.
Desta forma, quem fica a ganhar somos nós. Mesmo que perdêssemos todo o nosso ser, ainda teríamos ganho a Deus. Deus deu-Se, sem garantias de nada (quantos não O recusam ou até O desprezam, apesar do Seu sofrimento na Cruz!). E que ganhou Ele com isso? No máximo, apenas poderá ganhar o amor de uns quantos pobres e imperfeitos mortais!
Mas a quem ama, as imperfeições não contam, não é? Somos quem somos, mas Deus está sempre disposto a acolher-nos como na Parábola do Filho Pródigo.
Deveríamos ser merecedores desse Amor.
Infelizmente, nos dias que correm, perdeu-se o significado da palavra Amor. As pessoas pensam que é "possuir" e não "oferecer-se". E esta inversão nas relações humanas reflecte-se nas relações com o divino.
Desta forma, estão constantemente exigindo de Deus.
Exigem riquezas, poder, luxo, coisas materiais terrenas e comezinhas.
Ou exigem respostas às suas questões, sob a forma de pretensas provas científicas ou milagres, quando Ele já nos deu o milagre de Jonas (Mt 12:38-40).
Ou, pior, exigem que Ele altere a Palavra que nos ofereceu, de forma a moldar-se às suas próprias expectativas e crenças, ignorando que as Suas Leis não são para Ele, mas para o nosso próprio bem...
E, quando não obtém o que querem, "divorciam-se" d'Ele, amuam, culpam-No... como se o Seu sacrifício não tivesse valido nada.
Até os mais justos O atraiçoam, sempre que pecam.
Mas se Deus, que é Deus e, portanto, de infinito valor, se Ele se ofereceu por mim, que direito tenho eu de lhe fazer exigências? O tempo da Lei já passou, este deveria ser o tempo do Amor. Já não há "exigências" da parte d'Ele, por que continua a haver da nossa parte (como sempre houve, desde Adão)?
Talvez seja esta função do jejum e do desprendimento que caracterizam este tempo...
Obrigado por esta reflexão, fez-me entrar no espírito da Quaresma!
Cumprimentos
Olá Kephas!
Tenho andado com muito pouco tempo para vir ao blog e de momento estou sem pc, o que não ajuda nada... De qualquer forma, tenho a dizer-te que as tuas palavras enriqueceram e muito o meu dia... Para um católico que "acordou" há apenas um ano, tenho a dizer-te que "acordaste" em força... Bela reflexão a tua, muitos parabéns por essa fé tão pura, (pelo menos na maneira de pensar)tão aproximada do Evangelho do Senhor. Quem dera que muitos cristãos deixassem o seu cristianismo "instalado" e pensassem a sua fé...
Um abraço...
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